Do Jornal de Hoje:
Se não chover o
suficiente para os reservatórios da região do Seridó receberem novas águas,
mais cidades entrarão em colapso no Rio Grande do Norte. De acordo com a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, dos 90% dos
municípios que estão localizados no semi-árido potiguar, 80% estão em situação
crítica, ocasião que exige da secretária e do Governo do Estado a elaboração de
um plano emergencial.
O cenário mais
preocupante vem se formando em Acari. O Açude Gargalheiras, que tem capacidade
para 44,5 milhões de m³ d’água, possui apenas 1,1 milhão de m³ – 2,63% de sua
capacidade, de acordo com o último levantamento feito pela secretaria realizado
no dia 8 de janeiro de 2015.
As barragens de Santa
Cruz, em Apodi, Umari, em Umarizal e Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, são as
que se apresentam em situação mais confortável, com 40%, 36% e 32% de suas
capacidades, respectivamente. Em contrapartida, outros importantes
reservatórios aumentam a preocupação do governo do estado, como a barragem Passagem
das Traíras, em Jardim do Seridó, que está com 1,88% da capacidade, e o Açude
de Pau dos Ferros, com 1,75%.
De acordo com dados da
secretaria, os reservatórios que deverão entrar em situação de emergência nos
próximos meses, caso não haja chuva, são o Boqueirão (Parelhas), que está com
13,68% da capacidade; Sabugi (São João do Sabugi), com 13,67%; Itans (Caicó),
com 9,27% e Cruzeta, com 7,73%.
A barragem de Oiticica,
que vem sendo construída no leito do rio Piranhas-Açu, entre os municípios de
Caicó, São Fernando, Jardim de Piranhas e Jucurutu, seria a “carta na manga” do
Governo do Estado para atender a situação dos municípios em crise, caso
estivesse com as obras em andamento. Porém, as constantes interrupções que a
obra vem sofrendo colocam a expectativa de inauguração da barragem apenas para
2017.
A obra da barragem foi
paralisada pela terceira vez pelo Movimento dos Atingidos pela Barragem de
Oiticica, que cobram direito dos agricultores ainda não cumpridos pelo Governo
do Estado. Nas reivindicações dos agricultores estão o pagamento das
indenizações de 127 processos judicializados; conclusão da terraplenagem do
Alto do Paiol; a definição de desapropriação de área para construção do novo
cemitério de Barra de Santana; garantia financeira para as contrapartidas do
projeto geral da barragem e, em especial, para as questões sociais.
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